Urgencias? Não me parece!

Hoje tive oportunidade de ir pela primeira vez ao hospital de Évora. A verdade é que, quando entrei, pensava que me tinha enganado e estava num lar de 3ª idade.
Mas não fiquem esperançosos. Eu não fiquei doente. Vão ter de me aturar durante uns tempos. O meu irmão é que ficou e fui com ele para as urgências pediátricas.
Mas pude reparar que a falta de competência dos funcionários públicos, no geral, é mais grave do que eu pensava. A recepcionista do hospital não sabia bem o conceito de ‘urgência’, pois demorou exactamente 5 minutos 27 segundos (só comecei a contar a partir dos 5 minutos) a preencher a ficha no computador com os dados do meu irmão.
Se ela vir isto, quem vai para as urgências é por que está com um pouco de pressa, é urgente, daí o nome!
Com esta incompetência qualquer dia deparo-me com o seguinte episódio:

Mãe com filho a perder mais sangue do que uma galinha decapitada e virada ao contrário: queria ir para as urgências pediátricas, por favor.
(passados 10 minutos)
Recepcionista que demorou 10 minutos a preencher a ficha: é ali, naquela porta.
Mãe com filho a perder mais sangue do que uma galinha decapitada e virada ao contrário: Não obrigado, agora gostaria de ir para a morgue.

Por favor...
Eu costumo desprezar as pessoas que dizem mal do nosso país, mas neste caso tenho de dizer que isto vai de mal a pior.
Mas se isto é para ser assim, concordo com o encerramento das "urgencias", se é que se pode chamar urgencias.